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O Ministério Público realizou, nesta quarta-feira (25) uma operação de busca e apreensão na sede da Secretaria de Obras, Trânsito e Transportes da Prefeitura de Taubaté, e nas residências do atual secretário da pasta, Sebastião Melin Abujerle, e do servidor público municipal Roberto Cimino Carpegiani. A operação cumpriu mandado judicial expedido pelo juiz Eduardo Isamu Sugino, da 2ª Vara Criminal de Taubaté. Também foram realizadas vistorias em diversos veículos da frota municipal. As diligências foram requeridas pela Promotoria Criminal de Taubaté, que investiga denúncia de eventual peculato por parte de servidores do órgão municipal. Há, também, um inquérito civil em trâmite pela Promotoria do Patrimônio Público e Social de Taubaté, para apurar possíveis irregularidades em adiantamentos feitos pela Prefeitura em benefício de determinados funcionários lotados também no Departamento de Obras Públicas. De acordo com as investigações feitas pelo MP, entre 2008 e 2010, o servidor Roberto Carpegiani recebeu R$ 1 milhão, supostamente para aquisição peças visando reparos de veículos da frota municipal. As diligências buscaram a obtenção de provas que possibilitem confrontar a quantidade de peças utilizadas nos reparos com o montante de peças adquiridas. Os promotores também receberam denúncias de que a frota de veículos da Prefeitura estava sucateada, e que motores e câmbios poderiam estar sendo vendidos, sem a correspondente baixa junto ao CIRETRAN, e que os valores apurados com as vendas destes bens estariam sendo apropriadas por servidores. Por conta disso, visando eliminar as provas do fato, a Prefeitura de Taubaté estaria adotando as providências administrativas visando alienar essas peças. De acordo com os promotores, o que for apurado na análise dos documentos apreendidos poderá resultar em outras linhas de investigação, já que também há indícios de compra excessiva de combustível em relação à frota atualmente em uso pelo Município. Na operação desta quarta-feira foram apreendidos documentos, computadores e objetos para análise. Participaram da operação promotores de Justiça Criminal, Cível e de promotores que apuram o crime organizado na região do Vale do Paraíba.