Liderança e ética são
temas estreitamente conectados. O líder determina o tom moral da organização,
representando e reformulando seus valores (Mattar,2004, p.237). Blanchard e
OConnor (1999, p.55) chegam mesmo a afirmar que em uma empresa que se guia por
valores só há um chefe, OS VALORES DA EMPRESA. Percebe-se,
assim, a importância que a liderança tem numa organização, particularmente no
que diz respeito à manutenção de seus valores. Quanto mais alto o
executivo está ligado na hierarquia da empresa, mais ético deve ser o seu
comportamento. O presidente de uma organização é o espelho dos valores que ela
preserva. Ele é o exemplo para todos na organização e sua conduta deverá estar
acima de qualquer suspeita para que sua reputação e, consequentemente, da
empresa, não sofram desgaste (Stukart, 2003, p. 75).
MAS O QUE É LIDERANÇA?
Para muitos autores,
líder é diferente de chefe. O chefe se contenta com tarefas enquanto que o
líder consegue entusiasmo, interesse pelo trabalho, cooperação e
comprometimento. LÍDER É TODO INDIVÍDUO QUE, GRAÇAS À SUA PERSONALIDADE, DIRIGE
UM GRUPO SOCIAL, COM A PARTICIPAÇÃO ESPONTÂNEA DOS SEUS MEMBROS(Weil, 1992, p.
63).
No entanto, definir
liderança talvez não seja uma tarefa tão simples assim. Antes de um
aprofundamento no tema, cabe entender que o líder fundamentalmente lida com
seres humanos, pessoas que têm desejos e necessidades, sonhos e motivações. Ao
interagir de forma equivocada com as pessoas sob sua liderança, o líder não
somente está comprometendo o desempenho da empresa como pode estar dando espaço
para sérios problemas de relacionamento interpessoal.
Para o psicólogo norte
americano Abraham Maslow, existe hierarquia
das necessidades humanas, dispostas em uma espécie de pirâmide, em ordem de
importância e de força de influência sobre o comportamento humano. Na base da
pirâmide estariam as necessidades básicas e no topo as mais sofisticadas e
intelectuais. Essa hierarquia de necessidades são as necessidades fim dos seres humanos, que traduzem todas as suas
outras necessidades.
Segundo Maslow (2000),
o ser humano é um ser que deseja permanentemente, e, por isso, propôs que
muitos dos comportamentos humanos fossem explicados em termos das necessidades
que as pessoas experimentam. Isto é, quando uma determinada necessidade está
agindo, ela orienta as ações e desejos da pessoa, determinando o que é importante e modelando o seu
comportamento. São suas fontes de estímulos! O comportamento geralmente ocorre
em resposta a alguma tensão ou desconforto que foi criado por uma necessidade
ativa ou não satisfeita. O líder, ao conhecer as necessidades das pessoas que
trabalham com ele, exerce um papel fundamental como elemento capaz de estimular
a motivação de seus subordinados, criando assim um ambiente saudável para sua
equipe. Cabe agora identificar os estilos de liderança mais comuns nas
organizações. O mais importante de tudo é passar para os liderados a
perspectiva do que estão fazendo, sob pena do trabalho se tornar mecânico e
empobrecido. A tarefa do líder é esclarecer para a equipe a dimensão do trabalho
a ser desenvolvido e todas as relações que ele tem com o universo maior da
empresa e da sociedade.
Mario Sergio Cordella
(2009, p.94 101), no livro Qual é a sua
obra?, aponta algumas competências que um líder deve ter no sentido de uma
liderança produtiva e ética. Para esse autor, o líder precisa ter a mente
aberta e estar atento naquilo que muda e estar sempre disposto a aprender. Ele
também deve ser capaz de fazer sua equipe crescer, pois,um líder que não eleva a equipe, que só pensa no próprio crescimento, não
é um líder, é um chefe, no sentido hierárquico do termo. Só seremos líderes
inspiradores quando formos capazes de, ao subir, levamos juntos nossos
subordinados.
OS DEZ MANDAMENTOS DO
LÍDER
I.
Respeitar o ser humano e crer nas suas
possibilidades, que são imensas.
II.
Confiar no grupo mais do que em si
mesmo.
III.
Evitar críticas a qualquer pessoa em
público, procurando elogiar, diante do grupo, os aspectos positivos de cada um.
IV.
Estar sempre dando o exemplo, em vez de
ficar criticando o tempo todo.
V.
Evitar dar ordens, procurando a
cooperação de cada um.
VI.
Dar a cada um o seu lugar, levando em
consideração os seus gostos, interesses e aptidões pessoais.
VII.
Evitar tomar, mesmo de maneira
provisória, a iniciativa de uma responsabilidade que pertença a outrem, mesmo pensando
que faria melhor; no caso de chefes que lhe são subordinados, evitar passar por
cima deles.
VIII. Consultar
os membros do grupo antes de tomar uma resolução importante, que envolva
interesses comuns.
IX.
Antes de agir, explicar aos membros do
grupo o que vai fazer e por que.
X.
Evitar tomar parte nas discussões quando
presidir uma reunião; guardar neutralidade absoluta, fazendo registrar,
imparcialmente, as decisões do grupo.
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